Uso da Inteligência Artificial em publicações científicas requer cautela e responsabilidade

A Inteligência Artificial (IA) é uma realidade consolidada e presente na vida cotidiana, com uso para diferentes finalidades. Entretanto, há diversos aspectos, especialmente éticos e legais, que precisam ser discutidos e analisados. Esse foi o pano de fundo da sessão científica “Desafios das publicações científicas na era da Inteligência Artificial”, que ocorreu nesta quarta-feira (18), penúltimo dia do 26º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), em Recife (PE).

Participaram da atividade, como palestrantes, o enfermeiro Fernando Porto, e o doutor em ciências Abel Silva de Meneses. A sessão teve a coordenação da enfermeira Maria Madalena Leite, conselheira do Coren-SP, e a enfermeira obstetra Carla Cristiane de Araújo como secretária.

Fernando apresentou um breve retrospecto da história da IA e contextualizou seu avanço e uso massivo no pós-pandemia. “A IA veio com muita força a partir de 2022 e, sem dúvida, é uma ferramenta potente. Entretanto, devemos ter cautela ao usá-la, especialmente no que diz respeito a direitos de propriedade intelectuais no campo da pesquisa e do ensino”, falou.

Na sequência, Abel trouxe mais alguns pontos relevantes sobre a evolução da IA e ressaltou que se trata de um tema de interesse da Enfermagem e da sociedade em geral. “O fato dessa discussão estar acontecendo no CBCENF mostra que a Enfermagem está interessada em saber mais sobre a inteligência artificial e entender a melhor forma de usá-la a seu favor, seja na pesquisa ou na assistência”, afirmou.

Fernando e Abel são unânimes ao dizer que a IA não substitui o fazer do ser humano. “Ela faz o que nós já fazemos, mas ela não pensa, não faz reflexões. Nada substitui a conexão humana e o olho no olho”, frisou Fernando.

Ao fim das falas dos painelistas, o público interagiu com contribuições e questionamentos. “A IA é um marco desse momento de transformação e de transição que temos vivido no mundo. A certeza é que ela não é um produto acabado, ela é uma construção que depende do ser humano. E é um privilégio podermos vivenciar mudanças”, finalizou Maria Madalena.

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