Simulação realística de urgência e emergência qualifica Enfermagem para situações adversas

Entendendo sobre a falta de tempo, o desespero dos pacientes e a tomada rápida de decisões durante casos de urgência e emergência, profissionais e estudantes de Enfermagem puderam presenciar o exercício da profissão em uma simulação realística durante o 26º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF). A simulação contou com a presenta do SAMU Metropolitano de Recife, do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Pernambuco, do Grupamento Tático Aéreo, e do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco.

No treinamento, houve a descrição do sequestro de um casal que, durante o crime, teve o carro colidido com uma van. Na montagem do posto médico avançado foram contabilizados 17 vítimas, sendo classificados pela Enfermagem por risco e encaminhadas para os respectivos locais de atendimento, seja pelo transporte aéreo ou terrestre.

A Enfermagem realizou o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) seguindo o protocolo START (Simple Triage and Rapid Treatment) que, em português, significa triagem simples e tratamento simplificado. Na prática, vítimas graves, mas com chances de sobreviver caso recebam atendimento rápido, são colocadas em prioridade, por ordem de complexidade para salvar o maior número de pessoas.

O membro da Equipe de Resposta Rápida do Conselho Federal de Enfermagem (ERR/Cofen), Sérgio Martuchi relata que, em um caso como este, é bom saber que as entidades de saúde precisam caminhar juntas, para garantir a segurança e rápida atuação. “O objetivo é mostrar para a categoria em um atendimento à situação com múltiplas vítimas, de desabamento ou colisão de veículos, a importância da ação integrada entre todas as forças. Não depende só do SAMU, não depende só dos bombeiros, mas, sim, de todos atuarem juntos”.

Sérgio também relata que o encaminhamento posterior para as unidades de saúde é tão importante quanto os outros procedimentos realizados. “Eu não posso mandar todas as vítimas para o mesmo hospital, por exemplo, pois só estaria mudando o acidente de lugar, gerando crise”, comenta.

A simulação intensificou, aos estudantes que desejam seguir a área de urgência e emergência, a necessidade de prezar pelo atendimento qualificado. “Vocês percebem que não é uma atividade fácil e que as situações são adversas? É preciso ter um bom preparo físico, equilíbrio emocional e ser tecnicamente muito bem habilitado”, explica Mabel Ferraz, enfermeira do Núcleo de Educação Permanente de Recife (NEP).

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