Sessão científica debate o futuro da governança pública

Medir a sustentabilidade de uma instituição e verificar se ela é socialmente consciente e bem gerida é uma prática em ascensão cada dia mais presente nas organizações ao redor do mundo. As empresas que adotam práticas de Environmental Social Governance (ESG) buscam minimizar o seu impacto no meio ambiente, construir um mundo mais justo e responsável, e manter processos de administração transparentes.

No segundo dia do 26º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), o futuro da governança pública e as práticas ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) estiveram no centro das discussões. A sessão científica “Governança, meio ambiente e social”, realizada no dia 17 de setembro, reuniu grandes nomes como o desembargador federal João Carlos Mayer, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Nardes, além do chefe do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC/Cofen) Davi Luís Lopes e o Assessor de Planejamento do Cofen, Marcelo Persegona.

Com o tema “Governança Pública – O desafio do Brasil”, os participantes discutiram sobre a necessidade urgente de reformular as políticas públicas no país. O ministro João Augusto foi enfático: “Estudos do TCU mostram que nossas políticas públicas padecem de problemas de governança. Falta de coordenação, ausência de planejamento e indicadores de desempenho de baixa qualidade são alguns dos obstáculos que precisamos superar.”

Marcelo Persegona destaca que as práticas de responsabilidade socioambiental no âmbito do Cofen são inspiradas nas pesquisas e processos de trabalho do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo ele, o Cofen tem buscado incorporar boas práticas já adotadas por outros conselhos, mapeando áreas que precisam ser fortalecidas e criando indicadores claros para monitoramento.

O desembargador João Carlos Mayer defendeu a importância de mecanismos de compliance e governança pública como formas de garantir integridade e eficiência nos órgãos governamentais. Para ele, as boas práticas devem partir do estado, que deve atuar como modelo de autorregulação para outras instituições.

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