Metaverso é mercado promissor para profissionais de Enfermagem que gostam de tecnologia

Para Acciarito, o mercado busca cada vez mais profissionais de Enfermagem que entendam de tecnologia.

O público foi convidado a fazer uma imersão profunda em realidades virtuais, no primeiro dia de programação do 25º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF). Com a palestra “Enfermeiros no Metaverso: do real ao virtual na educação em saúde”, a empresária em educação digital e mestre em Enfermagem Raquel Acciarito apresentou as oportunidades, vantagens e desvantagens das tecnologias de informação e comunicação para a educação em saúde.

“Em nossa sociedade atual temos pessoas como eu que nasceram antes da internet. Mas, hoje, também convivemos com uma geração que já nasceu dentro da internet. A partir da popularização dos smarthphones, tivemos uma evolução enorme no campo da comunicação e isso adentrou a área da saúde. Agora, tudo acontece muito rápido, a velocidade da informação é exponencial. Quem trabalha em UTI sabe do que estou falando, pois é um setor que é pura tecnologia”, destacou.

Para Acciarito, o mercado de trabalho vai buscar cada vez mais profissionais de Enfermagem que entendam de tecnologia. Com a sala completamente lotada de profissionais e estudantes ávidos por conhecimento sobre a novidade, a palestrante apresentou os principais metaversos que já foram criados e apontou como a Enfermagem pode se apropriar do universo virtual para criar novas formas de interação e conhecimento.

Metaverso é uma evolução dos mundos virtuais existentes

O metaverso é um um universo virtual, um espaço digital tridimensional onde as pessoas podem interagir entre si e com objetos virtuais de maneira imersiva. É um conceito inspirado na ficção científica e popularizado pelo livro “Snow Crash” de Neal Stephenson, lançado em 1992. É uma evolução dos mundos virtuais existentes, como jogos multiplayer online, onde os usuários podem criar avatares, explorar ambientes e interagir uns com os outros.

A ideia do metaverso na área da saúde é criar um espaço mais abrangente e interconectado, que transcenda as fronteiras dos jogos e se torne um ambiente social e econômico virtual, onde é possível comprar, vender e trocar bens e serviços digitais. Para isso, podem ser empregados elementos de realidade virtual, aumentada e mista, oferecendo uma experiência imersiva e hiperconectada ao público consumidor.

Os principais tipos de metaverso são ambientes sociais, empresariais, de realidade aumentada, ambientes temáticos e jogos online, como Second Life, Minecraft e Roblox. O desenvolvimento completo dessa tecnologia ainda está em andamento e as definições e categorizações podem continuar a evoluir à medida que os dispositivos evoluem.

Na medida certa a tecnologia pode ser aliada da educação em saúde

Mas nem tudo são flores. Também existem desafios e desvantagens associados ao uso do Metaverso na educação, próprias das limitações do ambiente virtual. Embora o Metaverso seja capaz de criar experiências imersivas, ele ainda pode não substituir completamente o mundo real em termos de interações complexas e sutilezas da comunicação humana. No campo da saúde, é importante lembrar que não é possível formar um profissional do cuidado exclusivamente a distância, pois as relações sociais, as práticas e os exemplos são fundamentais para aprender a cuidar de gente.

Na medida certa, a tecnologia pode ser aliada da educação em saúde. Entretanto, a tecnologia deve ser adotada como algo complementar, incapaz de substituir a realidade. As relações humanas e as interações reais continuam sendo a base de tudo.

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