Em meio a rotina frenética enfrentada pelos profissionais de Enfermagem dentro das unidades de urgência e emergência, o acesso vascular é um método essencial para salvar vidas, permitindo a administração de medicamentos, fluidos e a realização de exames laboratoriais. Estudantes e profissionais se reuniram nesta segunda-feira (16) no 26º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF) para abordar os desafios, aprender mais sobre a tomada de decisões durante o atendimento e discutir avanços de técnicas invasivas e complexas.
“Os profissionais precisam aliar conhecimentos de anatomia, fisiologia, patologia, prevenção, farmacologia, material, técnica e as atualizações do assunto para garantir um acesso vascular de qualidade, preservando a saúde do paciente”, explica o palestrante Acássio Ferreira.
Cada técnica de acesso vascular possui seus próprios desafios e riscos. A escolha do método deve considerar a condição clínica do paciente, a urgência do tratamento e a experiência do profissional de saúde. Entre as abordagens discutidas, foram consideradas as complicações em decorrência do procedimento, podendo ser de forma vascular, infecciosa e mecânica.
O curso comprovou, com base científica, que os profissionais devem evitar a punção em áreas de flexão e a orientação é que sejam realizadas até duas inserções venosas por plantão no mesmo paciente. “Caso tenha um acesso venoso difícil, priorize sempre o paciente e saiba que está tudo bem pedir ajuda ao seu colega de trabalho com mais experiência”, recomenda Acássio.
“O melhor dispositivo a ser utilizado é aquele que atende a necessidade da situação. Não adianta só olharmos para o material, mas sim se ele realiza a terapia e o tratamento desejado”, continua.
De forma específica, o palestrante Felipe Margoti trouxe a reflexão sobre a punção intraóssea, que na urgência e emergência pode ser a solução para o difícil acesso da rede circulatória. “As chances de erro são muito baixas, mas, mesmo assim, os profissionais devem ficar atentos à verificação de todos os pontos necessários na realização desse método, já que a dor da punção intraóssea é alta”, explica.
Neste caso, o fluxo sanguíneo pode ser limitado através da medula, em comparação com as veias periféricas. Por isso, o enfermeiro deve considerar os recursos disponíveis, a gravidade do caso e a idade do paciente. Em um ambiente onde cada momento conta, a precisão e a habilidade no acesso vascular podem transformar o desfecho de situações críticas.
26º CBCENF – Para quem não conseguiu participar presencialmente do curso, a programação continuará disponível gratuitamente na multiplataforma CofenPlay, com emissão de certificado.
O maior evento de saúde da América Latina acontece de 16 a 19 de setembro, em Recife. Os participantes da modalidade presencial ou on-line podem acompanhar a programação científica com lançamento de livros, apresentação de trabalhos e garantir pontuação no CBCENF GO, o jogo oficial do congresso.