A tenda da interculturalidade, coordenada pela Comissão Nacional de Enfermagem Intercultural (Conenfsi/Cofen), reuniu profissionais e estudantes em rodas de conversas diárias durante o 24º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), em Fortaleza. O público do congresso pôde registrar na lona da própria tenda seus nomes e mensagens de apoio e valorização.
Com temas envolvendo segmentos da população em estados de vulnerabilidade — como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, ciganos, imigrantes LGBTGI + –, a tenda foi um espaço interação. Novidade no programação do evento, o espaço atraiu atenção dos congressistas, inclusive com público internacional e registro de Manfred Brinkam, do departamento social da embaixada Alemã no Brasil.
O enfermeiro Paulo Murilo, coordenador da Coenfsi, destaca a importância do olhar e da escuta às demandas específicas de cada grupo, em especial das populações vulnerabilizadas. “A tenda prioriza a interação, o diálogo, a possibilidade de escuta”, afirma.
Os temas estiveram presentes, também, na programação científica do CBCENF. Na terça (13), a mesa redonda debateu a interculturaldade da Enfermagem, à luz da ética, com o conselheiro federal Gilney Guerra e os enfermeiros Sílvio Conceição e Carla França. Permearam, ainda, a programação geral do congresso, apresentações de comunicação coordenadas e mesas redondas, como a de Inovações em Saúde Sexual e Reprodutiva, que incluiu boas práticas no distrito sanitário especial indígena Xavante.